Hoje em dia, existem outras preocupações que as organizações precisam ter para se manterem competitivas. Até porque, em tempos de RH 5.0 e novas estratégias de gestão, questões como recrutamento inclusivo e acessibilidade na empresa são fundamentais. Elas permitem a entrada de trabalhadores competentes, porém socialmente excluídos, como mulheres, negros, LGBTQIAP+ e PCDs (pessoas com deficiência).

No artigo de hoje, vamos tratar especificamente da realidade dos profissionais com deficiência. Isso porque empecilhos culturais, físicos e estruturais ainda afetam a contratação e a atuação desses indivíduos. A prova disso é que, em São Paulo, a maior cidade do país, 82% das empresas não seguem a lei de acessibilidade.

Conheça mais sobre essa lei e entenda como garantir acessibilidade na empresa. Boa leitura!

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Lei de inclusão: veja o que ela diz sobre acessibilidade na empresa

Só para fazer uma breve retrospectiva, mesmo antes da referida lei, já haviam alguns esforços legislativos para garantir inclusão. O primeiro, é claro, é a própria Constituição Federal, com seu objetivo de gerar melhores condições para todos os cidadãos. Inclusive, os com deficiência.

Além dela, houve a Lei 10.098/2000, que impulsionou as normas técnicas da ABNT para o assunto em questão. Ainda há o decreto nº 6.949, que anexou a Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

Atualmente, a acessibilidade na empresa deve seguir as diretrizes da Lei 13146/2015. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabelece as ações e parâmetros para zelar pelos direitos desse grupo.

Em relação ao trabalho, em seu artigo 34, ela estipula: “A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”. Na prática, o texto significa as mesmas oportunidades, assim como adaptação do espaço físico. Isso quer dizer circulação facilitada para cadeirantes, materiais adaptados para deficientes visuais, interpretação em libras para surdos, etc.

Ademais, é enfatizado o direito por igual remuneração e aos treinamentos, capacitações e todos os benefícios (parágrafo 3 e 4). Mais do que oportunizar a entrada, o art. 35 coloca a responsabilidade da empresa na permanência deste indivíduo. Vale ressaltar que essa lei é fiscalizada pelas prefeituras e pelo próprio Ministério Público Federal.

Agora, a pergunta é: como isso afeta a sua empresa? Continue a leitura e tire essa dúvida!

Entenda como ocorre a acessibilidade na empresa

O que a lei explicada anteriormente impacta na vida corporativa? Tudo! Primeiramente, porque ela é uma lei, ou seja, sua execução é obrigatória. Caso seja descumprida, as empresas podem receber sanções, o que também afeta sua imagem.

Além disso, envolve um investimento superior em infraestrutura de trabalho. Mas, veja bem, é investir na atração de talentos com potencial para melhorar, cada vez mais, os seus lucros. Sem contar as diferenças estratégicas que surgirão na hora de aplicar o endomarketing, o que torna a cultura organizacional forte.

E se engana quem pensa que isso é só em operações físicas. No caso dos trabalhos remotos, é preciso garantir as condições de estrutura de home office. Bem como intérpretes, legenda, audiodescrição, entre outros. Se todos os funcionários têm como explorar seu potencial ao máximo, por que seria diferente com PCDs?

Para conseguir cumprir essa obrigação e ainda tornar sua companhia mais plural, algumas simples ações já ajudam, como:

• assegurar que tecnologias e ambientes on-line sejam acessíveis;
• investir em formações sobre o assunto com a equipe;
• fazer um revisão da infraestrutura e do espaço;
• contratar para além das cotas.

Essas são algumas dicas para promover a acessibilidade na empresa. Garantimos que, ao cumprir, mais portas se abrirão para pessoas com deficiência e para sua companhia que acreditou no potencial delas! Quer continuar se informando? Acesse nosso blog regularmente.