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demissão silenciosa
Publicado 15.12.2022 em Gente e Gestão

Demissão silenciosa: o que você precisa saber sobre ela?

O trabalho ocupa um espaço importante na vida das pessoas. Ele representa grande parte do dia e também das relações construídas. Contudo o impacto na vida pessoal e a priorização da qualidade no cotidiano ― principalmente após a pandemia de covid-19 ―  trouxeram uma nova visão para muitos profissionais. Disso surgiu o aumento dos casos de demissão silenciosa, ou quiet quitting, que abre uma discussão sobre sobrecarga no ambiente corporativo.

Esse assunto tem relação direta com o bem-estar dos colaboradores e a motivação para produzir. Sem falar da necessidade de potencializar as ações de RH a fim de reter os membros da equipe e criar uma cultura organizacional forte. Quer entender os detalhes desse fenômeno e como evitá-lo? Continue a leitura deste conteúdo.

Confira no blog: Como preparar o setor de RH em tempos de crise?

O que é a demissão silenciosa?

Apesar do nome, a demissão silenciosa não tem a ver com pedido de demissão ou com algo previsto na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Ela está relacionada a uma espécie de inércia que ocorre quando o funcionário decide fazer apenas a sua obrigação e não se engajar a fundo. Ou seja, é uma conformidade com a situação. Nesse momento, o colaborador pode estar procurando outro emprego ou, até mesmo, não ter intenção de sair, porém não pretende ir além do esperado. Existem alguns sinais que evidenciam essa situação, como:

  • demonstrar menos interesse em se esforçar mais por uma promoção;
  • não se envolver ativamente nas responsabilidades da equipe;
  • ter menos envolvimento emocional com as tarefas;
  • recusar atribuições extras.

Podendo ser chamada de quiet quitting, ela ganhou popularidade no pós-pandemia e com o home office. Isso porque foi uma situação altamente estressante e que levou ao aumento da carga horária. Neste período complicado para as empresas, os trabalhadores apresentaram esgotamento extremo, síndrome de burnout e outros transtornos emocionais.

Por conta disso, houve maior atenção para como esse aspecto estava afetando a vida e a saúde pessoal. Daí deu início ao movimento que tem como um dos princípios a rejeição à agitação da rotina corporativa. E, dessa forma, fazer o mínimo para se manter no cargo em questão.

Leia mais: Micromanagement: 7 motivos para evitar no seu time.

Essa é uma questão que afeta diretamente a empresa e, por isso, o RH precisa estar atento para não deixar chegar a esse ponto e contornar a situação caso aconteça. Veja algumas dicas a seguir.

Como o RH pode lidar com a demissão silenciosa?

Como responsável pela construção da cultura e pelo engajamento dos funcionários, o RH está na linha de frente para evitar e lidar com a demissão silenciosa. Claro que a prioridade é não deixar a situação chegar a esse ponto. E, para isso, é preciso investir com força no endomarketing. Isto é, ações de marketing interno com objetivo de aumentar o envolvimento e pertencimento da equipe.

Assim, melhoram-se o clima na companhia e a comunicação interna, o que é fundamental, porque o profissional precisa ter um canal aberto e seguro para falar sobre os problemas. Na prática, dá para ser realizado eventos, oferecer novos benefícios e bônus, treinamentos e feedbacks constantes.

E o que fazer quando perceber que os casos de demissão silenciosa já estão acontecendo? Bom, uma dica é tentar reacender o ânimo desse colaborador. Pode ser por meio de uma recompensa pelas conquistas ou de eventos de integração, que aproximam os membros do time e ajudam a criar um senso de comunidade.

Além disso, um passo essencial é pedir para o líder ou supervisor direto conversar com ele. Perguntar o que está ocorrendo e conhecer suas opiniões para mudar a situação é uma forma de fazer ele se sentir parte.

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