A busca por maior competitividade no mercado, fidelidade dos clientes e melhora da credibilidade é constante dentro das empresas. Contudo, normalmente, é voltada para estratégias realizadas no time comercial ou de marketing. Entretanto, equipes de compliance e RH são grandes aliadas para conquistar esses benefícios.

Não é à toa: quando as regras são transmitidas de maneira clara, atraente e dinâmica, os riscos diminuem e a eficiência aumenta. Bem como a produtividade e a valorização dos profissionais que implementaram essa ideia.

Quer contar com essas vantagens na sua empresa? Leia o conteúdo abaixo e entenda o papel das lideranças e do RH no compliance.

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Para começar: o que é compliance?

É comum que o compliance seja visto como uma parte mais rígida e burocrática da empresa. Afinal, é impossível negar que ele trabalha para implementar regras e garantir que tudo ocorra como o combinado. Entretanto, essa prática vai muito além de impor o que se pode ou não pode fazer.

No dia a dia, ela tem como objetivo garantir a segurança da companhia e dos colaboradores. Para isso, busca fortalecer a cultura organizacional, focando na diminuição de irregularidades, nos desvios de comportamento ou nas ações que são contra a legislação.

Com frequência, são divulgados casos de marcas processadas por usar imagens de pessoas públicas ou por “brincadeiras” que agridem certos grupos. Logo, essa ferramenta luta contra esse tipo de conduta, assim como os assédios, a corrupção e, até mesmo, as fraudes.

Anteriormente, pode-se dizer que o compliance era aplicado somente em grandes corporações. Contudo, vem se tornando cada vez mais acessível e relevante dentro de negócios de qualquer tamanho. Isso porque é indispensável para manter um ambiente de trabalho saudável, evitar processos trabalhistas e, ainda, ganhar clientes da concorrência por alinhamento de valores.

Sua atuação abrange tanto a prevenção quanto a correção dos problemas. É possível agir pontualmente, como em casos de denúncia. Porém, o ideal é fazer um movimento de conscientização para evitar que ocorram situações indesejadas. Tudo isso acontece com o apoio de ferramentas, processos e, claro, pessoas.

No começo, os desafios podem ser grandes. Por terem novas normas a seguir, os funcionários têm certa resistência a aplicá-las. Logo, é essencial contar com os líderes e com o RH para a conscientização e o fortalecimento do compliance. No restante deste texto, você entenderá melhor a participação desses dois grupos nessa tarefa. Confira!

Qual o papel dos líderes no desenvolvimento do compliance?

Um ditado muito popular já deixa claro: “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Quando falamos de compliance e liderança, isso não é diferente. De nada adianta criar esse setor, desenvolver processos e fazer grandes discursos se, na prática, os gestores não aplicam o que dizem as normas.

Imagine que um funcionário enxerga seu líder sendo inconveniente com outras pessoas ou recebendo presentes de fornecedores em troca de vantagens. Sem dúvidas, ele não irá respeitar aquele indivíduo da mesma maneira, muito menos exercer o que diz as diretrizes do compliance trazidas pela empresa.

Portanto, quem se encontra à frente da organização não está aquém dessas novas regras. Os líderes devem, sim, ser desenvolvidos nesse quesito para que se tornem guardiões dessa cultura.

Aqui, vale destacar um estudo realizado pelo Instituto Israelista de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. A partir de entrevistas com mais de 7 mil pessoas, foi constatado que os líderes são os que mais possuem lealdade às organizações. Entretanto, devido a essa fidelidade, muitas vezes, ultrapassam seus próprios limites morais em prol da empresa.

Desse modo, é preciso lembrar que não existem justificativas para uma ação antiética. Mesmo que essa traga benefícios financeiros ou competitivos para o negócio.

Dentro da rotina, isso significa que será preciso rever suas ações e monitorar as dos colaboradores. Nesse caso, gerenciar riscos e relacionamentos, conscientizando sempre que necessário, é fundamental. Inclusive, com bate-papos e workshops que evoluam o conceito na mente dos trabalhadores. Tudo isso, é claro, fundamentado nos valores da companhia.

Além disso, crie canais de denúncia e esteja verdadeiramente aberto a ouvir as queixas que chegarem. Nessa etapa, é importante atuar lado a lado com o departamento pessoal para fazer essa gestão mais humana e aplicar as penalidades coerentes.

Como o setor de Recursos Humanos pode ajudar o compliance?

Sempre falamos sobre a transição de um RH que deixa de ser apenas executor e passa a ser estratégico. As intermináveis horas trabalhando em folhas de pagamento são substituídas por ações que aumentam a produtividade, mitigam riscos e melhoram a cultura. Uma delas, sem dúvidas, é o fortalecimento do compliance.

Isso não quer dizer que a responsabilidade será transferida para o setor. Na verdade, esse não é um trabalho realizado somente por uma equipe. O time de compliance, Recursos Humanos e os gestores trabalharão na implementação e monitoramento.

Basicamente, o papel do departamento pessoal é trazer mais humanidade. Transformar as regras em ações claras, benéficas e tangíveis. Veja 4 exemplos:

• Informação e aplicação das normas: o compliance tem um código de conduta que precisa ser colocado em prática. Para isso, o RH pode auxiliar, educando os envolvidos com criação de eventos, treinamentos e seleção dos públicos que mais fazem sentido. Afinal, é eles que possuem a expertise na criação e gerenciamento desse tipo de estratégia.
• Recrutamento e seleção: a busca por profissionais éticos e íntegros, além de capacitados para a função. Todo o processo deve ser trabalhado dentro das regras, sem preferências pessoais ou tratamentos indevidos.
• Comunicação eficiente: o RH precisa ser um canal aberto e confortável para que os funcionários falem sobre suas necessidades. Dessa forma, fica mais fácil identificar problemas e receber queixas.
• Promoção da cultura organizacional: mais do que citar apenas o compliance, o RH é fundamental na consolidação da cultura do negócio.

Antes de ir, saiba que existe outro acontecimento que vem preocupando líderes e colaboradores. Mas que, com certeza, o RH pode ser um grande aliado para soluções. Entenda o que é o The Great Mismatch e como apoiar o alinhamento entre gestores e times. Até a próxima!