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Empoderamento feminino no trabalho: celebrando o dia da mulher e seu impacto nas empresas
Publicado 08.03.2024 em Gente e Gestão

Empoderamento feminino no trabalho: celebrando o dia da mulher e seu impacto nas empresas

131 anos. Este foi o tempo estimado pelo Fórum Econômico Mundial para alcançar a paridade de gênero entre homens e mulheres. É surpreendente, visto que as estatísticas mostram o crescimento do empoderamento feminino no trabalho. Entretanto, pode-se perceber que ainda está longe do ideal. O Dia da Mulher, que gera discussões pertinentes todos os anos, é uma data importante para colocar este tema em foco e encontrar ações solucionadoras.

De que modo as empresas podem ir além de uma comemoração e trazer discussões importantes, que ajudem a acelerar a igualdade? De que forma o RH pode trabalhar tanto em março quanto em todos os outros meses do ano para conscientizar as equipes?

Neste conteúdo, você entenderá mais sobre o cenário do mercado de trabalho para as mulheres. Também, mostraremos quais ações podem ser colocadas em prática para mudar a situação e como isso impacta a sua empresa. Boa leitura!

Dia da Mulher: uma perspectiva atual sobre a igualdade de gênero no mercado de trabalho

No Dia da Mulher, é comum vermos empresas presenteando colaboradoras com flores, cartões ou com momentos de beleza. Por mais que essas ações tenham boas intenções, para atingir a igualdade salarial e aumentar o empoderamento feminino no trabalho, é preciso ir além. Ou seja: é necessário conhecer o contexto do mercado e de que maneira atuar a partir dele.

Felizmente, embora a pequenos passos, os resultados vêm aumentando a cada ano. Em 2013, o número de mulheres em cargos de liderança era de 35,7%. Em 2023, atingiu 39,1%. 

O mesmo acontece com o equilíbrio salarial. Em uma escala de 0 a 100, onde 100 representa a igualdade, atualmente, a pontuação é de 78,7. Diferente de 2013, em que tínhamos 72 pontos.

O “curioso” é que as mulheres possuem uma escolaridade maior em relação aos homens. Segundo o levantamento, elas possuem 12 anos de estudos, enquanto eles têm 10. Logo, teoricamente, acabam sendo mais qualificadas para os cargos.

E, então, o que impede essa ascensão? Por que, em uma década, os dados subiram tão pouco? A resposta está no preconceito, falta de incentivo, dificuldades em conciliar trabalho e família, além de cultura machista e do próprio medo.

Muitas corporações ainda enxergam a mão de obra feminina como desqualificada, puramente pela descriminação. Assim, costumam direcioná-las a funções que possuem menos peso nas estratégias ou decisões.

Além disso, “…no caso das pessoas empregadas, esse tempo foi de 17,8 horas semanais para mulheres e de 11 horas para homens em 2022”, ou seja,  o tempo de dedicação da mulher é muito maior do que o dos homens o que acaba atrasando seu desenvolvimento profissional e adicionando mais obstáculos ao caminho.

Ainda, vale destacar que o assédio sexual e moral é constante, o que oprime as colaboradoras. Muitas delas acabam preferindo não se destacar profissionalmente, para não virar alvo de piadas e micro agressões.

Como o RH pode ser responsável pela igualdade de gênero no ambiente empresarial

Seria um sonho encontrar uma receita pronta, um caminho perfeito para seguir e conquistar a igualdade de gênero quase que imediatamente. Por não ser possível, é necessário que o trabalho seja feito a 4 mãos pela comunidade, líderes, colaboradores, família e, claro, pelos profissionais de RH.

Uma das responsabilidades mais desafiadoras do time de Recursos Humanos é desmistificar crenças, temas que são muito enraizados na sociedade. Afinal, como fazer as pessoas terem pensamentos mais conscientes e coerentes não só com a cultura da empresa, mas também com as mudanças sociais?

A única certeza é de que a luta é a longo prazo. Contudo, existem ações conhecidas que trazem resultados positivos dentro do meio corporativo. Veja quais são elas abaixo!

Políticas de Recrutamento e Seleção

Neste primeiro tópico, temos dois pontos importantes. Para começar, garanta que toda e qualquer contratação possui uma cultura em conformidade com a implementada na empresa. Isso porque uma “maçã podre” pode atrapalhar todo o clima e os resultados do negócio. Além de prejudicar o rendimento das mulheres, pode instigar outras pessoas a adotarem comportamentos inadequados.

Depois, lembre-se de considerar as candidatas do sexo feminino em todas as vagas em aberto, não apenas as de menor responsabilidade. Garanta que os entrevistadores não estão colocando seus julgamentos pessoais na hora de decidir entre uma pessoa ou outra.

Políticas de Paridade Salarial

Agora, vamos falar daquelas mulheres que já fazem parte da empresa. É papel do RH garantir a igualdade salarial em relação aos homens nos mesmos cargos, com  escolaridade e tempo de empresa iguais. Quando essa política não é implementada, a desmotivação, a falta de produtividade e o turnover são consequências muito comuns.

Crie medidas para conscientização

Para que a luta pelo empoderamento feminino no trabalho não termine no Dia da Mulher, é fundamental criar ações que perdurem. Palestras, workshops, dinâmicas e bate-papos são essenciais para mostrar aos colaboradores a importância da igualdade de gênero. E, claro, para incentivar as mulheres a se destacarem e buscarem por seus direitos. Aqui, também é indispensável garantir que os líderes estejam promovendo  pensamentos semelhantes a seus subordinados.

Aplique penalidades reais

De nada adianta conscientizar e fazer o trabalho dentro do RH, se, na prática, não existem consequências para quem não respeita a igualdade. Por isso, é preciso ter um canal de compliance aberto para denúncias e implementar penalidades que deixem evidente a proibição de tais ações.

Programas de Desenvolvimento

Em muitas empresas, tal qual comentamos anteriormente, o Dia da Mulher acaba sendo uma pauta rasa, somente para cumprir o calendário. Logo, não há programas de desenvolvimento que incentivem as funcionárias a crescer dentro do negócio.

Crie cursos e treinamentos que ensinam sobre liderança, planejamento, gestão de tempo e outros temas coerentes com o seu segmento. Todos eles, é claro, focados no público feminino.

Têm ainda outras formas de fazer parte da luta, como uma licença maternidade ampliada ou políticas voltadas para mulheres negras. Isso porque elas acabam sofrendo duplamente com a desigualdade de gênero e racial.

Portanto, é interessante que o RH crie um comitê, junto a outras mulheres da corporação, e discuta iniciativas que fazem sentido para a sua realidade. Ouça as colaboradoras, compreenda os maiores problemas e coloque em prática para ver as mudanças ocorrerem de verdade.

O que sua empresa ganha incentivando a igualdade de gênero?

Para começar, já existe uma lei em vigor que penaliza as empresas nos casos de falta de equidade salarial. E acredite: a multa é bastante significativa. Você pode saber mais clicando neste link.

Todavia, não é só para cumprir as normas que as ações devem ser implementadas. A imagem da companhia perante a todos os stakeholders, sem dúvidas, ganha muito mais credibilidade. Seja quando falamos de colaboradores até fornecedores, clientes e sociedade em geral.

Além disso, empresas com maior igualdade de gênero costumam ser mais inovadoras e lucrativas. Visto que, ao colocar mais mulheres à frente das decisões, as perspectivas acabam sendo mais diversas, trazendo visões de pessoas diferentes para o negócio. Assim, novos caminhos para faturar ou superar crises surgem facilmente.

Por fim, vale pontuar que melhora o clima da empresa, tendo em vista que não há piadas inconvenientes ou momentos desconfortáveis. Portanto, a produtividade aumenta e a rotatividade de funcionários diminui.

Agora que você já aprendeu como o Dia da Mulher pode impactar a sua empresa, que tal ficar por dentro de outro tema relacionado à inclusão? Conheça a legislação para pessoas trans no mercado de trabalho em nosso conteúdo no blog. Até a próxima!

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