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Levar o filho para o trabalho
Publicado 09.02.2023 em Legislação

Funcionário pode levar o filho para o trabalho? Descubra agora

A discussão em torno da possibilidade de levar o filho para o trabalho reflete um assunto muito importante: a permanência de mães e pais no ambiente profissional. Ainda, se levarmos em conta que as mulheres normalmente são as principais cuidadoras, entra a questão da instabilidade profissional. Apesar de 48,7% das famílias serem chefiadas por mulheres, elas são as que mais estão desempregadas. Preconceito de gênero, menos oportunidades e falta de iniciativas para as crianças são alguns dos motivos.

O que a legislação trabalhista diz sobre isso? É possível haver negociação com os chefes? Para responder essa e outras questões, trouxemos este artigo. Leia com atenção e entenda melhor se é permitido ou não levar o filho para o trabalho.

Leia também: Recrutamento inclusivo: 4 passos para promover diversidade.

O que a lei diz sobre levar o filho para o trabalho?

As normas que regem as relações entre empregador e empregado estão na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). De acordo com ela, não existe nenhuma lei que determine que o empregador deve aceitar os filhos dos colaboradores no local. Até porque, se houver algum acidente no local, é ela que será responsabilizada.

A única exceção é o caso de lactantes, ou seja, que estejam amamentando. Nessa situação, o artigo 389 determina a obrigatoriedade de prover um espaço em toda companhia com, pelo menos, 30 colaboradoras. Além disso, existe a oferta de dois intervalos à funcionária se a empresa possuir creche.

Entretanto, o ano de 2022 encerrou com uma novidade, o Programa Emprega + Mulheres. Instituído por meio da Lei nº 14.457, ele visa a “inserção e a manutenção das mulheres no mercado de trabalho, por meio do estímulo à aprendizagem profissional e de medidas de apoio aos cuidados dos filhos pequenos, a chamada parentalidade na primeira infância”.

Pelo texto, as empregadas de uma empresa cidadã terão direito a mais 60 dias de licença maternidade, sendo que esse tempo poderá ser dividido com o companheiro, caso também trabalhe em empresa cidadã. Ainda, prevê que caso existam, pelo menos, 30 mulheres no ambiente de trabalho, este deve oferecer espaço próprio para acomodação dos bebês durante o período de amamentação. Se isso for inviável, a colaboradora terá direito a um reembolso-creche. Outro ponto importante é que, agora, crianças de até 5 anos e 11 meses têm direito ao auxílio-creche.

É claro que essas são apenas algumas das mudanças instituídas pela lei. Você pode conferir o texto na íntegra neste link.

Quais são as possíveis soluções para esse desafio?

Neste tópico, mostraremos três formas de solucionar essa questão tão importante. Confira a seguir.

1. Possibilidade de home office

Existem funções que podem ser realizadas de casa. Vários cargos de gestão, da área de marketing e tantos outros são alguns exemplos. Se for uma tarefa que dá para ser feita assim e auxiliará na realidade do empregado, por que não implementar?

Dessa forma, a mãe ou o pai ficarão com os filhos em casa sem comprometer suas atividades. Inclusive, de acordo com o Relatório de Transformação Digital na América Latina 2022, a produtividade pode crescer em até 63%.

Também, as ferramentas tecnológicas ajudam muito nesse momento. Você consegue fazer a gestão de tarefas por meio de um software específico e o controle de ponto por outro, como é o caso da plataforma CERTPONTO

Confira no blog: Além do controle de ponto eletrônico: conheça 6 soluções que a CERTPONTO possui.

2. Creches dentro da empresa

Uma forma de ajudar pais com filhos pequenos é ter uma creche no espaço da companhia. Empresas como O Boticário já colocaram isso em prática e colhem os frutos positivos de funcionários tranquilos com a segurança dos filhos e cada vez mais focados nos resultados. Até porque esse tipo de ação também tem impacto no engajamento. Afinal, todos querem construir uma organização mais humana, não é mesmo?

Veja como uma cultura organizacional forte impacta a sua empresa.

3. Negociação

Mesmo que o empregador não seja obrigado, às vezes, acontecem emergências que poderão exigir que o colaborador pai ou mãe tenha que levar o filho para o trabalho. Nesse momento, nada melhor que a boa e velha comunicação. Esteja aberto e receptivo ao seu funcionário e enxergue-o de forma humana. Assim, a solução ideal será acertada. Talvez seja uma exceção para um dia, troca de horários, folga ou atuação remota.

Como mencionamos no começo, já que, na maioria das vezes, essa responsabilidade é colocada para a mãe, vale pensar em iniciativas voltadas para mulheres. Fortalecimento e contratação de lideranças femininas, apoio à saúde mental e ações de conscientização de toda a comunidade empresarial são algumas formas. É claro que repensar os benefícios também é muito importante: auxílio creche, licença maternidade e paternidade estendida, salário família, etc.

Levar o filho para o trabalho não precisa ser um desafio. Com diálogo e planejamento, isso será resolvido sem nenhuma das partes ser afetada. Aproveite para conferir outros artigos do nosso blog. Até a próxima!

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