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Como um comitê de diversidade e inclusão impulsiona o sucesso da sua empresa
Publicado 21.05.2024 em Recursos Humanos

Como um comitê de diversidade e inclusão impulsiona o sucesso da sua empresa

Inovação e Lucro através da Diversidade – Criar uma nova estratégia de marketing, lançar um produto inovador no mercado ou abordar um nicho ainda pouco explorado são três exemplos de estratégias comuns para ampliar os lucros de uma empresa. Assim como contratar melhores vendedores ou aumentar o ticket médio do cliente. Embora sejam eficazes, esses não são os únicos caminhos para a expansão. O comitê de diversidade e inclusão, muito discutido atualmente, é um grande aliado na busca pelo sucesso empresarial. 

Estudos da McKinsey demonstram que empresas com maior diversidade étnica e de gênero em posições de liderança tendem a superar financeiramente aquelas com menor diversidade. As empresas no quartil superior para diversidade de gênero em equipes executivas são 25% mais propensas a ter uma lucratividade acima da média, e aquelas no quartil superior para diversidade étnica e cultural têm uma probabilidade 36% maior de serem mais lucrativas do que suas concorrentes menos diversas. 

Isso porque, além de ter uma equipe motivada, engajada e produtiva, você contará com maior criatividade e inovação. Sem falar na facilidade de adaptação ao mercado, na redução do turnover e em tantos outros benefícios que acompanham essa iniciativa.

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Confira o texto abaixo e entenda mais sobre como implementar um comitê de diversidade e inclusão pode transformar sua empresa. Com certeza, ele lhe dará argumentos sólidos para iniciar esse projeto e ser reconhecido pelos resultados positivos. Boa leitura!

Compreendendo o Comitê de Diversidade e Inclusão

A taxa de desemprego entre pessoas pretas é 66% maior do que entre pessoas brancas, para o primeiro grupo o número de janeiro a junho de 2023 ficou em 11.3%. Para os pardos, 10,1%. E, para os brancos, 6,8%. 

Pessoas com deficiência enfrentam ainda mais desafios, com apenas 51,2% dos que possuem Ensino Superior completo conseguindo emprego, um número significativamente menor do que aqueles sem essa qualificação. Esses dados ilustram a necessidade urgente de comitês de diversidade e inclusão que possam endereçar e mitigar tais disparidades.

Os indicadores apresentados mostram que certos grupos, comumente marginalizados, têm grandes dificuldades de serem inseridos no mercado de trabalho. E, muitas vezes, quando conseguem esse espaço, acabam sofrendo com desigualdade salarial, falta de oportunidades ou assédio moral. 

Segundo o relatório da McKinsey, empresas que promovem a diversidade e inclusão tendem a ter melhor desempenho financeiro e maior inovação, mostrando que a inclusão não é apenas uma questão de justiça social, mas também de vantagem competitiva

Um comitê eficaz é composto por colaboradores de diversas áreas, como RH, Compliance e diretoria para garantir uma representação ampla e uma abordagem holística às iniciativas de inclusão. A composição variada permite que diferentes perspectivas e experiências sejam consideradas na formulação e implementação de políticas de diversidade e inclusão. Sua responsabilidade central é cultivar uma cultura de pluralidade e respeito mútuo

Essencialmente, o comitê não só deve fomentar discussões que promovam um entendimento mais profundo sobre as realidades sociais diversas, mas também, incluir membros de diferentes níveis hierárquicos, desde a alta direção até colaboradores de nível médio e junior, ajuda a garantir que todas as vozes sejam ouvidas e que as iniciativas refletem verdadeiramente as necessidades de toda a organização garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, evitando assim a representação superficial de qualquer grupo.

A diversidade dentro do comitê é fundamental para conectar atividades de diversidade e inclusão a uma estratégia de negócios mais ampla e orientada para resultados, ajudando a institucionalizar políticas que promovam a equidade para todos os funcionários e avaliando continuamente a eficácia dos esforços em andamento.

comitê de diversidade e inclusão

O comitê de diversidade e inclusão na prática

A implementação de um Comitê de Diversidade e Inclusão vai além de evitar a discriminação. Quando bem executado, este comitê ajuda a criar um ambiente mais acolhedor e colaborativo, promove debates essenciais e abre espaço para ideias inovadoras. O monitoramento e a redução de atitudes preconceituosas são cruciais e devem acompanhar os colaboradores desde a contratação até as interações diárias nos espaços de convívio.

Promovendo um ambiente acolhedor: o comitê é um grande avanço para as empresas. Quando bem executado, ele coloca em prática ideias que criam um ambiente acolhedor, inovador, produtivo e lucrativo. Um comitê bem estruturado organiza workshops, palestras e sessões de treinamento que ajudam a educar os funcionários sobre a importância da diversidade e inclusão. Essas atividades não só aumentam a conscientização, mas também promovem a empatia e o respeito mútuo. Além disso, um ambiente de trabalho diverso e inclusivo leva a uma maior inovação, melhor tomada de decisões e maior engajamento dos funcionários.

Ações comunitárias e impacto social: o papel do comitê não deve se limitar apenas ao ambiente interno da empresa. Desenvolver ações que contribuam para a comunidade, como cursos gratuitos, grupos de apoio ou momentos de lazer, são exemplos de como a empresa pode estender seu impacto positivo. Por exemplo, parcerias com ONGs locais para promover a educação e o treinamento de grupos marginalizados podem não só ajudar a comunidade, mas também fortalecer a imagem da empresa como uma entidade responsável e engajada socialmente.

Por exemplo, a Fundação Starbucks, em colaboração com parceiros licenciados, lançou o programa Global Community Impact Grants, que investe em iniciativas de impacto local em várias comunidades ao redor do mundo. Essas ações incluem o apoio ao empoderamento de jovens, promoção da inclusão e diversidade, combate à fome e avanço da mobilidade econômica.

A Amazon também destaca a importância de suas iniciativas comunitárias que promovem diversidade e inclusão. A empresa se envolve em programas que incluem desde a educação em STEM até o apoio à moradia equitativa, reforçando seu compromisso com as comunidades locais e promovendo um impacto social positivo.

O Fórum Econômico Mundial também reconhece o valor das iniciativas corporativas de diversidade e inclusão, afirmando que elas não apenas melhoram o desempenho interno das empresas, mas também contribuem para a criação de uma economia global mais inclusiva e equitativa.

Esses exemplos demonstram como as empresas podem usar suas iniciativas de diversidade e inclusão para beneficiar tanto seus funcionários quanto às comunidades em que operam, criando um ciclo virtuoso de impacto social positivo e fortalecimento da reputação corporativa.

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Benefícios tangíveis de um Comitê de Diversidade e Inclusão

Implementar um comitê de diversidade e inclusão vai além de cumprir regulamentações, como a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, de número 8.213/91, é uma exemplificação disso. Ela exige que, a partir de 100 funcionários, 2% das vagas sejam destinadas a este grupo. A porcentagem aumenta de acordo com o número de colaboradores, chegando a até 5%. Os benefícios para as empresas que adotam genuinamente práticas inclusivas são vastos e variados:

  • Construção de uma Marca Consciente e Inclusiva: todos os dias é possível encontrar notícias de marcas que foram descredibilizadas por clientes devido a uma prática antiética ou criminosa. Esse cenário deixa claro não só as preferências dos consumidores, como também a abordagem de muitos gestores sobre a diversidade somente no discurso. E acredite: o público percebe o problema.
    • Um levantamento da ModaComVerso, liderado pela ABVTEX, comprovou esse fato. Nele, 80% dos entrevistados deixariam de comprar um produto de uma marca envolvida nesse tipo de acusação. Além disso, 76% estão dispostos a investir mais dinheiro por aquelas que são comprometidas com causas ambientais.
    • Já a pesquisa trazida pela ESG Insights revela que 95% dos brasileiros dão prioridade para empresas com práticas sustentáveis. E, por fim, 64% deixariam de comprar da marca que tenha práticas antiéticas com seus funcionários.
  • Aumento dos Resultados Financeiros: sim, ter um quadro de funcionários que conta com diferentes raças, gêneros, religiões e outros grupos considerados da minoria, é benéfico para os resultados. A pesquisa da McKinsey vem provando esse fato há alguns anos. Na última edição, de 2023, fica evidente: o melhor desempenho está entre as empresas com maior diversidade étnica e de gênero em cargos executivos. Esse fato se dá por diferentes motivos. Desde retenção de talentos e criação de um espaço acolhedor e produtivo até ações inovadoras para desenvolvimento e lançamento de produtos.
  • Atração de Investidores: se a sua empresa deseja atrair novos investidores, estar por dentro das práticas de ESG é extremamente importante. A sigla se refere à Governança Ambiental, Social e Corporativa e, basicamente, garante o comprometimento da corporação com questões sociais e ambientais. A ONU já criou diretrizes para orientar investidores que buscam encontrar empresas sócio-responsáveis.

Logo, a construção de uma marca inclusiva será efetiva para a conquista de clientes fiéis e para o aumento dos lucros. Afinal, será possível aumentar os preços e alcançar mais pessoas representadas pelo seu negócio.

Por fim, é importante lembrar que a atuação do comitê não precisa se limitar às paredes da corporação. Desenvolver ações que contribuam com a comunidade por meio de cursos gratuitos, grupos de apoio ou momentos de lazer, por exemplo, são excelentes planos. E queremos fazer um alerta: você sabia que está acontecendo um grande desalinhamento entre corporações e colaboradores? É o chamado The Great Mismatch! Leia sobre o tema em nosso blog e crie estratégias para driblar a situação. Até a próxima!

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